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Como a Psicologia pode ajudar no tratamento do Alzheimer

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência mais comum e é quando o cérebro não consegue funcionar mais como antes, pois provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional, dificultando a realização das suas atividades cotidianas de vida diária afetando as várias áreas cerebrais que vão perdendo certas funções ou capacidades. Quando a pessoa perde uma capacidade, raramente consegue voltar a recuperá-la ou reaprendê-la.

Conforme envelhecemos, nossos cérebros mudam e podemos ocasionalmente apresentar dificuldades para lembrar alguns detalhes. No entanto, a doença de Alzheimer e outras demências causam uma perda de memória e outros sintomas significativos o suficiente para interferir com a vida diária das pessoas. Esses sintomas não são naturais do envelhecimento.

Além da perda de memória, os sintomas de Alzheimer incluem:

  • Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis.
  • Dificuldades para a resolução de problemas.
  • Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares.
  • Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada.
  • Confusão sobre locais, pessoas e eventos.
  • Alterações visuais, como problemas para entender imagens.

Com a Avaliação Neuropsicológica podemos avaliar as funções cognitivas e confirmar através de testes padronizados e tarefas como está o funcionamento do seu cérebro. Apesar de não haver atualmente tratamentos que impeçam o progresso da doença de Alzheimer, há medicamentos e a psicologia auxilia para tratar os sintomas de demência.

Atuando no contexto de mudanças biopsicossociais, em dois parâmetros de atendimento: Atendimento ao paciente com Alzheimer e atendimento ao familiar e cuidador. Com o paciente, no momento inicial da doença, o psicólogo ajuda a atribuir significados para este momento de sua vida, trabalha com seus medos e outros sentimentos que surge frente à doença e na ajuda a RE-SIGNIFICAR as histórias do paciente, realizando a manutenção de sua identidade.

Pode-se ainda estimular as habilidades cognitivas preservadas, incentivar o convívio social e atividades de lazer, tão importantes não só para o paciente como também para aqueles que são responsáveis pelo seu cuidado.

Já com os familiares e cuidadores, deve-se trabalhar com psicoterapia e orientação. O primeiro passo é a aceitação de que essa doença não tem cura, e que existem alternativas para retardar sua progressão e trazer maior bem estar e qualidade de vida para o paciente.

O segundo passo é tornar esse momento de conversa, uma troca de experiências, de divisão de angústias, medos e receios como também da realização de orientações acerca do dia-a-dia do idoso, o que fazer, como fazer, o profissional dará dicas de tarefas diárias que possam facilitar o manejo desse paciente.

Nas últimas três décadas, as pesquisas sobre demência proporcionaram uma compreensão muito mais profunda sobre como o Alzheimer afeta o cérebro. Hoje em dia, os pesquisadores continuam a buscar tratamentos mais eficientes e a cura, além de formas para impedir o Alzheimer e melhorar a saúde cerebral.

Um diagnóstico de Alzheimer muda a vida da pessoa portadora da doença, além da vida de seus familiares e amigos, mas atualmente há informações e suporte disponíveis. Ninguém precisa enfrentar a doença de Alzheimer ou qualquer outra demência sozinho.

Karla Fuchs Psicóloga e Neuropsicóloga – CRP 07/26023

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