A preocupação é uma característica muito comum da ansiedade, ela é uma cadeia persistente de ideias repetitivas incontroláveis, que foca em desfechos futuros negativos e incertos.
Ela é uma parte natural da vida, não sendo necessariamente algo ruim, porém, existem dois tipos de preocupações: a produtiva e a improdutiva, e essa última é a que causa prejuízos.
A preocupação improdutiva normalmente é a que gera sofrimento emocional, pela forma que tentamos lidar com ela. O elemento distintivo central da preocupação improdutiva é uma antecipação exagerada de resultados negativos futuros (“vai dar errado”).
O elemento chave da preocupação produtiva é o pensamento orientado à tarefa, mais construtivo e que atua como um enfrentamento preparatório para a resolução de problemas.
Vamos entender melhor a diferença entre elas?
Preocupação produtiva:
- Foco em problemas mais imediatos, realistas;
- Foco em problemas iminentes sobre os quais temos algum controle ou influência;
- Maior foco na solução de problemas da situação preocupante;
- É capaz de experimentar e avaliar soluções imperfeitas para o tema de preocupação;
- Prontidão para tolerar risco razoável e incerteza;
- Foco mais amplo e equilibrado em todos os aspectos do tema de preocupação;
- A capacidade de reconhecer os aspectos positivos, negativos e inofensivos da situação;
- Um maior grau de autoconfiança na própria capacidade de lidar com a situação preocupante;
- Baixa ansiedade e aflição.
Preocupação improdutiva:
- Foco em cenários hipotéticos (“e se”) imaginados, distantes;
Foco em problemas imaginados sobre os quais temos pouco controle ou
capacidade de influenciar; - Tendência a focar em como nos sentiríamos se o objeto de preocupação realmente se concretizasse;
- Recusa a aceitar solução alguma porque nenhuma garante o sucesso;
- Busca incessante de segurança e certeza do resultado imaginado;
- Foco muito estreito e exagerado na ameaça imaginária ou na situação da pior hipótese;
- Um sentimento de impotência para lidar com a situação de preocupação;
- Altos níveis de ansiedade ou aflição.
A terapia cognitivo-comportamental pode ensiná-lo a transformar a preocupação improdutiva excessiva, em um modo mais realista e produtivo de pensar sobre a possibilidade de futuros problemas ou dificuldades.
Fez sentido para você?
Fonte: Vencendo a ansiedade e a preocupação com a TCC – David A. Clark &
Aaron T. Beck
Gabriela Borda
Psicóloga – CRP 07/35569