Blog

Se preocupar é algo ruim?

A preocupação é uma característica muito comum da ansiedade, ela é uma cadeia persistente de ideias repetitivas incontroláveis, que foca em desfechos futuros negativos e incertos.

Ela é uma parte natural da vida, não sendo necessariamente algo ruim, porém, existem dois tipos de preocupações: a produtiva e a improdutiva, e essa última é a que causa prejuízos.

A preocupação improdutiva normalmente é a que gera sofrimento emocional, pela forma que tentamos lidar com ela. O elemento distintivo central da preocupação improdutiva é uma antecipação exagerada de resultados negativos futuros (“vai dar errado”).

O elemento chave da preocupação produtiva é o pensamento orientado à tarefa, mais construtivo e que atua como um enfrentamento preparatório para a resolução de problemas.

Vamos entender melhor a diferença entre elas?

Preocupação produtiva:

  • Foco em problemas mais imediatos, realistas;
  • Foco em problemas iminentes sobre os quais temos algum controle ou influência;
  • Maior foco na solução de problemas da situação preocupante;
  • É capaz de experimentar e avaliar soluções imperfeitas para o tema de preocupação;
  • Prontidão para tolerar risco razoável e incerteza;
  • Foco mais amplo e equilibrado em todos os aspectos do tema de preocupação;
  • A capacidade de reconhecer os aspectos positivos, negativos e inofensivos da situação;
  • Um maior grau de autoconfiança na própria capacidade de lidar com a situação preocupante;
  • Baixa ansiedade e aflição.

Preocupação improdutiva:

  • Foco em cenários hipotéticos (“e se”) imaginados, distantes;
    Foco em problemas imaginados sobre os quais temos pouco controle ou
    capacidade de influenciar;
  • Tendência a focar em como nos sentiríamos se o objeto de preocupação realmente se concretizasse;
  • Recusa a aceitar solução alguma porque nenhuma garante o sucesso;
  • Busca incessante de segurança e certeza do resultado imaginado;
  • Foco muito estreito e exagerado na ameaça imaginária ou na situação da pior hipótese;
  • Um sentimento de impotência para lidar com a situação de preocupação;
  • Altos níveis de ansiedade ou aflição.

A terapia cognitivo-comportamental pode ensiná-lo a transformar a preocupação improdutiva excessiva, em um modo mais realista e produtivo de pensar sobre a possibilidade de futuros problemas ou dificuldades.

Fez sentido para você?

Fonte: Vencendo a ansiedade e a preocupação com a TCC – David A. Clark &
Aaron T. Beck

Gabriela Borda
Psicóloga – CRP 07/35569

Posts Recentes

Veja mais do nosso Blog

Se preocupar é algo ruim?

A preocupação é uma característica muito comum da ansiedade, ela é uma cadeia persistente de ideias repetitivas incontroláveis, que foca em desfechos futuros negativos e

Leia Mais »
× Solicitar Agendamento